sexta-feira, 12 de abril de 2024

Estudantes do SESI Bahia participam de feira científica nos EUA


As alunas Sabrina Rocha, Mariah Clara da Silva e Clara Brandão se classificaram para a maior feira de ciência e engenharia pré-universitária do mundo
É a quinta vez que o Serviço Social da Indústria (SESI) da Bahia consegue classificar estudantes para a International Science Engineering Fair (ISEF), realizada nos Estados Unidos e considerada a maior feira de ciência e engenharia pré-universitária do mundo.“O evento reúne jovens pesquisadores do mundo todo para compartilhar ideias e resultados para problemas reais. Todo o cenário científico estará presente e muitos estudantes ganham premiações para estudar nos Estados Unidos, então é uma grande oportunidade para esses jovens”, destaca Fernando Moutinho, orientador do projeto.
As alunas Sabrina Rocha, Mariah Clara da Silva e Clara Brandão, 18 anos, que fizeram parte da primeira turma do curso de Biotecnologia do Novo Ensino Médio da Escola SESI Djalma Pessoa, em parceria com o SENAI Cimatec, souberam do resultado em março, na cerimônia de encerramento da 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).
Para Mariah da Silva, participar da feira internacional é uma oportunidade de crescimento.
“Mais do que uma simples competição, a ISEF é uma celebração dos jovens cientistas e o sentimento que dá é o de reconhecimento por ter feito um bom trabalho”, declara a jovem.
As meninas ficaram em segundo lugar na premiação geral da área de Ciências Agrárias, após passarem por um processo seletivo concorrendo com 2 mil projetos. Com isso, além da indicação para a ISEF, ainda foram contempladas pelo Centro Científico Conhecer, com o Prêmio Publicação, que oportunizou a divulgação do projeto na revista científica Enciclopédia Biosfera.
Como funciona o projeto?
As jovens cientistas criaram uma solução sustentável para suplementar a alimentação de gado de corte. Usando a microalga dunaliella salina e a hesperidina, antioxidante extraído da casca da laranja, elas produziram uma ração especial.
O alimento desenvolvido pelas estudantes é uma alternativa melhor para o gado bovino, porque os que são utilizados hoje podem ter resíduos de agroquímicos, o que afeta a saúde do animal e a qualidade da carne.
Além disso, grande parte do gado no Brasil é criado em regime de confinamento, o que acaba deixando os animais estressados e, consequentemente, a carne mais dura. A ração criada pelas meninas também busca eliminar ou diminuir essa tensão, porque na receita vão antioxidantes extraídos da casca da laranja, que são capazes de diminuir a liberação de toxinas no organismo do animal.
E vamos às premiações!
A ISEF disponibiliza dois tipos de premiações: as especiais, promovidas por empresas patrocinadoras, e as principais, destinadas aos projetos que se classificarem em até quarto lugar. Ambas as premiações podem conceder bolsas de estudos, intercâmbios científicos, estágios em centros de pesquisa ou prêmios em dinheiro.
“Além das premiações, é uma oportunidade para os estudantes compartilharem conhecimento com outros jovens do mundo todo que também estão desenvolvendo pesquisa de excelência e contato com professores de universidades e centros de pesquisa”, ressalta Fernando.
Agora, é preparar a torcida para que as jovens cientistas brasileiras voltem para casa com um bom resultado.
Da Agência de Notícias da Indústria

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