sábado, 19 de abril de 2014

García Márquez vendeu 1,5 milhão de livros no Brasil

Com mais de 30 títulos publicados e mais de 1,5 milhão de livros vendido no Brasil, o escritor colombiano Gabriel García Márquez pode ser considerado um dos mais importantes do século 20 e um dos principais da América Latina.
A Editora Record, responsável pela publicação de García Márquez no Brasil desde 1973, está relançando todos os títulos com novo trabalho gráfico, projeto iniciado no ano passado. Até o fim deste ano, serão relançados o romance de estreia A Revoada (O Enterro do Diabo), O Outono do Patriarca e a coletânea de contos Olhos de Cão Azul.
García Márquez é um dos principais expoentes do movimento literário e cultural latino-americano realismo mágico, ou realismo fantástico, ao lado do peruano Manuel Scorza e dos argentinos Julio Cortázar e Jorge Luis Borges. Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é considerado a obra-prima de García Márquez, tendo atingido a marca de 50 milhões de exemplares vendidos, em 25 línguas, sendo 440 mil do Brasil, segundo a Editora Record.
Ele iniciou a carreira como jornalista, em 1948, e trabalhou como correspondente em Roma, Paris, Havana, Nova York, Barcelona e na Cidade do México. Entre suas principais obras estão Crônica de uma Morte Anunciada, O Amor nos Tempos do Cólera, Ninguém Escreve ao Coronel, Notícia de um Sequestro e Memórias de Minhas Putas Tristes. Em 2009, García Márquez anunciou que estava encerrando a carreira literária.
Há controvérsia quanto à data de nascimento do escritor. O site do Prêmio Nobel, recebido por ele em 1982, pelo conjunto da obra, crava a data de 6 de março de 1928, assim como seu certificado de reservista. Porém, também há registro de 1927, na paróquia de San José de Aracataca, em que foi batizado. Na certidão de nascimento, consta a data de 27 de julho de 1930.
Ele morava na Cidade do México e ficou internado durante oito dias, no início deste mês, com desidratação e infecção pulmonar e urinária. Após superar um câncer linfático em 1999, houve rumores de que o escritor estivesse com câncer no pulmão, nos gânglios no fígado.
A página oficial do escritor no Facebook confirma a morte e cita García Márquez como “o escritor de língua espanhola mais popular desde Miguel de Cervantes”.
Da Agência Brasil.

domingo, 6 de abril de 2014

O TEMPO E AS JABUTICABAS - do Genial Rubem Alves




O TEMPO E AS JABUTICABAS

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniõesde 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desseamor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'
O essencial faz a vida valer a pena.
Rubem Alves

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Termos de uso do Facebook: saiba por que você deve ler



Você já leu os termos de uso do Facebook antes ou depois de se cadastrar? Se a resposta for não, você faz parte dos quase 60% de internautas brasileiros que não leem termos de uso de redes sociais. Segundo estudo da Fecomércio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) feito em 2013, 60,5% dos entrevistados ignoram os termos de uso desses sites, enquanto apenas 39,5% afirmam lê-los integralmente.
Mas nem sempre é bom ignorar esses textos. “Quando o usuário se cadastra em uma rede social como o Facebook, ele está assinando um contrato. Portanto, é preciso sempre ler atentamente os termos de uso para você ver se concorda ou não com os artigos daquele texto”, afirma Isabela Guimarães Del Monde, advogada especialista em direito digital do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados.
No caso da rede social de Mark Zuckerberg, o internauta é confrontado com três documentos principais: a declaração de direitos e responsabilidades (os termos de uso propriamente ditos), a política de uso de dados (as informações recebidas pelo Facebook e como elas são utilizadas) e os padrões da comunidade (o que é ou não permitido na rede social). Além disso, existem outras páginas que complementam as regras, como parâmetros para anúncios, páginas e promoções.
Para saber onde o usuário “está pisando”, o Canaltech analisou, com a ajuda da advogada Isabela Guimarães Del Monde, os principais artigos que você provavelmente não conhecia e deveria conhecer. Confira: