quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Os Miseráveis, de Victor Hugo, e a teoria do etiquetamento



No livro “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, o enredo acontece na França, no século XIX. A obra baseia-se em histórias que predominam a desigualdade social e a miséria, em contraponto com o empreendedorismo e trabalho, para que seja refletido os impasses na sociedade.
Neste texto em especial, será trazida a história do personagem Jean Valjean, um condenado, ex-presidiário posto em liberdade.

ELES ESTÃO CHEGANDO...

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Moedas e santuários contam histórias do culto a Zeus na Grécia Antiga



Tetradracma de Aetna (moedas em destaque): moeda de prata cunhada na pólis de Aetna na Sicília, século V a.C., anverso, cabeça de Sileno; reverso, Zeus sentado no trono – Arte sobre foto de Foto: The Coin Collection of the Royal Library of Belgium, L. de Hirsch Collection, nº 269..
Os gregos antigos foram um povo politeísta, que habitou o sul da Península balcânica e várias áreas do Mediterrâneo e mar Negro. Para eles, como outros povos antigos, as esferas religiosa, política e econômica se misturavam. A divindade mais importante era Zeus. Seu culto estava ligado, inicialmente, ao agrário e ao pastoril, e era realizado em picos de montanhas ou em cavernas. Posteriormente, foi associado às leis, à justiça e ao poder, e passou a ser cultuado, entre outros lugares da cidade grega, na ágora, espaço onde ficavam os prédios públicos e era o centro da vida social nas pólis (as cidades-Estado gregas).
Estudo da arqueóloga Lilian de Angelo Laky no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP mostra que a época clássica (séculos 5⁰ a 4⁰ a.C.) foi o grande período de vinculação do culto de Zeus à pólis grega. A pesquisa, pioneira ao unir a análise de santuários dedicados a Zeus e de moedas gregas antigas com imagens dessa divindade, recebeu o Prêmio Tese Destaque 2018 na categoria Ciências Humanas.
Estater de Olímpia: moeda de prata cunhada em Olímpia, século V a. C. anverso, águia voando e carregando lebre; reverso, raio alado – Foto: Heritage World Coin Auctions

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

TRÊS DEDOS E NOVE DENTES...

Quando viajamos de ônibus participamos de muitas histórias interessantes. Confesso que não sou muito de puxar conversa, esporadicamente quando faço isso, me arrependo.
Fazem algo em torno de três anos e parti de Itabuna para uma pequena cidade mais no interior da Bahia. Seriam duas horas e meia de viagem e minha passagem era na janela da última poltrona. Quando o ônibus já ligava para a partida um homem aparentando 40 anos, desdentado, roupa simples, mãos enormes e calejadas sentou-se ao meu lado no corredor e segurou um chapéu com ambas as mãos. (rabiscado com minha bic ao lado)
Após meia hora de silêncio absoluto eu arrisquei um "tudo bem?" e ele me respondeu já em tom de desabafo: --Estou vindo do hospital em Itabuna, fui levar algumas frutas para meu filho que foi acidentado com uma espingarda. Moro em "tal cidade". Concluiu. (a cidade era o mesmo destino da minha passagem).
--Sinto muito. O estado é grave? Lancei um olhar curioso e assustado.
O homem então narrou o episódio; --Ele deu um tiro nele mesmo com uma espingarda, perdeu três dedos e nove dentes. Foi horrível, mas está fora de perigo e deve receber alta em quatro dias...
Diante da narrativa fiz algumas reflexões e fiz algumas perguntas. Descobri que o menino, então com 10 anos, não estava sozinho em casa no dia do ocorrido, tinha um irmão de 12 anos. 
Então fui taxativo: --Pode até ter sido um acidente, mas, é provável que o garoto mais velho atirou à queima roupa na boca do menor e este em atitude de defesa colocou a mão na frente do rosto, perdendo os dedos.
O homem então ficou inquieto, negou minha versão e confirmou com aspereza que o tiro acidental da espingarda foi efetuado pela própria vítima. Alguns minutos depois o homem visivelmente transtornado pediu ponto e desceu apressado cerca de 30 quilômetros do destino...