sábado, 15 de junho de 2024

Samara Felippo pede afastamento de juiz em caso de racismo de filha

Os advogados de Samara Felippo, que representam sua filha em um caso de racismo ocorrido em um colégio de São Paulo, solicitaram o afastamento do juiz responsável pelo caso. A medida foi tomada após o magistrado determinar que a adolescente participasse da audiência apenas na condição de ouvinte, sem o direito de testemunhar.
No pedido, a equipe jurídica de Samara Felippo alegou que a decisão do juiz pode caracterizar abuso de autoridade e crime de prevaricação, argumentando que o tratamento dado ao caso é inadequado. Eles também questionaram o porquê de o ato infracional, análogo ao crime de racismo, estar sendo tratado como uma violação de direito autoral. 
Os advogados da atriz argumentam que a adolescente deveria ter o direito de testemunhar para relatar pessoalmente os eventos e as consequências do racismo que sofreu, destacando a importância de sua participação ativa no processo judicial.Em vídeo nas redes sociais, Samara Felippo manifestou sua revolta com o rumo do processo e o fato de as agressoras terem sido ouvidas, e a filha não. Ela criticou a maneira como o caso está sendo tratado, comparando-o a uma violação menor.
"Está sendo tratado como se as agressoras somente tivessem rasgado um trabalho escolar. Existe uma frase violenta de cunho racista no interior do caderno. Por que isso não está sendo levado em conta?", questionou.Relembre o caso
Em abril, a filha de Samara Felippo foi vítima de ofensa racista na Escola Vera Cruz, em São Paulo. Segundo a atriz, as páginas de um trabalho da adolescente foram arrancadas, e uma frase de cunho racista foi escrita dentro do caderno. A escola, que possui um projeto de Educação Antirracista desde 2019, reconheceu o ocorrido como um ato racista.
Samara relatou que a escola tomou medidas iniciais para identificar as responsáveis, suspendendo-as temporariamente. No entanto, a atriz destacou a necessidade de ações mais contundentes para proteger sua filha e evitar que ela conviva com as agressoras no ambiente escolar.
Felippo também mencionou o impacto emocional do caso em sua filha e a importância de justiça. "É impossível uma mãe não sentir raiva nesse momento. Eu não quero ver minha filha chorando. Nenhuma mãe quer", declarou. https://www.migalhas.com.br

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