domingo, 9 de junho de 2024

Fuplastic apoia valorização do plástico nacional e da agenda brasileira para combate à poluição

O Brasil, como um dos maiores países em extensão territorial e população tem uma responsabilidade significativa na preservação do meio ambiente global. E, com a previsão de a produção plástica mundial triplicar até 2060, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, são necessárias condutas próprias, mas que dialoguem e interajam com o restante do mundo. Este movimento protegerá os ecossistemas e impulsionará o desenvolvimento nacional de maneira sustentável.
Um dos assuntos mais pertinentes para o Dia Nacional da Reciclagem, comemorado em 05 de junho, é o Tratado global de combate à poluição plástica, aprovado pela Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em 2022, previsto para ser negociado até o fim deste ano.
No processo, surge uma preocupação: evitar a exportação de legislações internas de outros países, com interesses locais. A exemplo do que aconteceu recentemente: “a União Europeia fez uma classificação do aço brasileiro, como um dos mais sujos do mundo, sendo que temos uma das melhores matrizes energéticas limpas e temos um dos aços mais limpos do mundo”, disse em webinar Rodrigo Zerbone, diretor da secretaria executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Essa classificação prejudicou injustamente a imagem e a competitividade do aço brasileiro no mercado global.É essencial que as normas sejam justas e reflitam a realidade do plástico no país. “Se o Brasil busca o modelo de desenvolvimento precisa fazer o debate com base cientifica rigorosa e técnica, e não ser regulada por agendas de outros países”, afirma Bruno Frederico, CEO da Fuplastic - indústria brasileira com soluções inteligentes e sustentáveis para construção, que tem como carro chefe bloco modular e caixa de passagem feitos com plástico reciclado. “A agenda tem que ser brasileira, com parâmetros e metodologias internas”, completa.
Uma agenda brasileira bem definida no aspecto da reciclagem de plásticos, por exemplo, pode gerar inúmeros benefícios econômicos e ambientais. A criação da economia circular para o plástico incentivará a inovação e o empreendedorismo no setor de reciclagem, gerará empregos e promoverá o desenvolvimento de novas tecnologias. “A indústria de reciclagem, quando bem estruturada, pode ser um motor para o crescimento econômico, ao mesmo tempo que reduz a dependência de recursos naturais e diminui a pressão sobre os aterros sanitários”, ressalta Frederico, que prevê ressignificar 6 milhões de quilos de plástico este ano.
Inegável que o plástico está inserido na vida moderna e desempenha um papel importantíssimo. De embalagens para alimentos e medicamentos, instrumentos e equipamentos hospitalares, brinquedos, celulares, carros, eletrodomésticos, máquinas até tubulações. Um exemplo recente do potencial do plástico na promoção da saúde pública é o desenvolvimento de materiais plásticos capazes de inativar o coronavírus. Na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidade de São Paulo (USP), foram elaborados, respectivamente, sacos de lixo e filmes plásticos que ajudam eliminar e a prevenir a propagação do vírus em superfícies sensíveis ao toque.
Mas, a falta de gestão e conscientização da população, impulsionaram a poluição plástica. Daí a necessidade de diretrizes que regulamentem todo o ciclo de vida do plástico, o que inclui extração de matéria- primas, produção, transporte, uso, descarte e reciclagem, em comum acordo com o mundo.
Vale lembrar que a reciclagem eficiente reduz a necessidade de produção de novos plásticos e diminui a extração de recursos naturais e a emissão de gases de efeito estufa.

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