terça-feira, 13 de fevereiro de 2024
Amêndoas de cacau da Bahia e do Pará estão entre as melhores do mundo
Um produtor de cacau de Ilhéus, sul da Bahia, e uma cacauicultora de Medicilândia, no Pará, ganharam medalhas de ouro no Cacao of Excellence Awards (CoEx), premiação que elege as melhores amêndoas de cacau do mundo e que é dividida por regiões. A cerimônia que anunciou o resultado da edição 2023 foi realizada ontem (8), durante a Semana do Cacau de Amsterdã (Amsterdan Cocoa Week), na Holanda. Luciano Ramos de Lima, da Bahia, e Miriam Federicci, do Pará, receberam a honraria mais alta da premiação para a América do Sul. Já o produtor Robson Brogni, também do Pará, ganhou a medalha de prata para a mesma região. O Cacao of Excellence é considerado a premiação de maior prestígio do mundo ao reconhecer produtores de cacau excepcionais pela qualidade superior e diversidade de sabores de todos os cantos do planeta. Para a edição de 2023, o CoEx recebeu 222 amostras de amêndoas de cacau de 52 origens diferentes provenientes de quatro grandes regiões: África e Oceano Índico; Ásia e Pacífico; América Central e Caribe; e América do Sul. “O Brasil disputa em uma região muito competitiva, pois a América do Sul reúne os principais players de cacau fino do mundo. Concorremos com Equador, Peru, Colômbia e Venezuela, origens mundialmente consolidadas de cacau de qualidade”, destaca Adriana Reis, gerente de qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC), sediado em Ilhéus. A semifinal do Cacao of Excellence reúne as 50 melhores amêndoas de cacau do mundo. Os brasileiros chegaram a essa fase depois de serem premiados no Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil de 2022, disputa que funcionou como etapa classificatória para a premiação internacional. Naquele ano, Miriam Federicci e Luciano Ramos também dividiram o prêmio - ambos em segunda colocação na categoria de variedade única. Já Robson Brogni empatou com uma outra cacauicultora paraense no terceiro lugar da categoria mistura de variedades. O Concurso Nacional de Cacau Especial é uma iniciativa conjunta da cadeia de cacau e tem o objetivo de incentivar a melhoria da qualidade e da sustentabilidade na produção de cacau no Brasil, divulgando o fruto a partir dos chocolates especiais e promovendo este segmento junto ao consumidor. Além de destacar a qualidade, a premiação brasileira também analisa as práticas de produção dos participantes. Essa avaliação se fundamenta no Currículo de Sustentabilidade do Cacau, um documento de referência em sustentabilidade destinado a produtores de cacau, profissionais técnicos e instituições. O objetivo é impulsionar a constante aprimoração da produção, vinculada à diminuição dos impactos adversos provenientes dessa atividade. O Concurso Nacional de Cacau Especial é organizado e executado pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC) em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) e Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). “O CIC está muito orgulhoso porque a gente vem construindo essa pauta com a cadeia do cacau há cinco anos. São cinco anos do Concurso Nacional, que é uma pré-seleção para o concurso internacional. Esse resultado do CoEx traduz o reconhecimento da qualidade e da sustentabilidade do cacau brasileiro. É o reconhecimento do esforço que a cadeia produtiva tem feito em conjunto para promover o nosso cacau para o mundo”, aponta Cristiano Villela, diretor científico do CIC.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário