segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Estudantes de Aparecida participaram do plantio da 1ª agrofloresta urbana de Goiânia

Pé na grama, mãos sujas de terra, escaladas em árvores, correr ao ar livre, sol e vento no rosto: infância raiz é isso. Ou pelo menos era, já que o contato dos pequenos com a natureza tem sido cada vez menor, devido ao ambiente de insegurança dos grandes centros urbanos e à enorme exposição deles às telas de celulares e computadores. Um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revela que 80% dos brasileiros vivem em grandes metrópoles, e as crianças que residem nestes centros urbanos passam 90% do tempo dentro de casa. A técnica de reflorestamento foi incluída no projeto após a descoberta de dois olhos d’água (nascentes), que não foram detectados durante os trabalhos de prospecção técnicas e ambientais dentro da área do empreendimento. Por unir espécies arbóreas e alimentícias, a agrofloresta do Parqville Figueira traz não apenas a cobertura vegetal, como também produção de alimentos, que serão consumidas pelos colaboradores durante as obras do condomínio, e posteriormente pelos moradores.
Parqville Figueira - O condomínio, que terá uma infraestrutura completa de lazer e acessibilidade, receberá 295 famílias. Além de contar com a agrofloresta, terá também a primeira fazenda urbana, ideia inspirada nos projetos norte-americanos visitados em uma missão técnica realizada pela CINQ em 2018, nos estados da Flórida, Geórgia, Alabama e Carolina do Sul. Ela terá capacidade de produção de 100 cestas por semana, com 10 itens cada. Isso equivale a 1.000 itens (pés de hortaliças) semanais e 4.000 que poderão ser colhidos mensalmente. Mais do que uma horta a um passo do quintal, a fazenda urbana gera benefícios como alimentação natural, sustentabilidade, autogestão, inclusão social e uma vida comunitária próspera. “O cultivo alimentar próximo de quem vai consumir, elimina a necessidade de transporte, e consequentemente a emissão de carbono pelos veículos, o desperdício gerado na distribuição, diminui os custos de produção”, diz Eduardo Oliveira, que acredita ser o projeto uma contribuição para consolidar uma nova mentalidade no desenvolvimento urbano, em consonância com as diretrizes ambientais da ONU.

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