PIVÔ SALVADOR inaugura sede neste final de semana (29 e 30) na antiga casa do pintor Presciliano Silva

O PIVÔ SALVADOR ocupa a antiga casa de 89 anos do renomado pintor baiano Presciliano Silva (1883-1965), em Nazaré, com ateliê inspirado no do pintor francês Paul Cézanne (1839–1906), e que nos anos 1960 foi ponto de encontro da pré-Tropicália, com Caetano Veloso, Gal Costa, Tonzé, Maria Bethânia, e do Cinema Novo com nomes como o diretor Glauber Rocha e atriz Helena Ignez. A associação cultural paulista PIVÔ inaugura neste final de semana (29 e 30.07) a sua primeira sede na capital baiana, o PIVÔ SALVADOR. No sábado (29) o evento começa às 18h, só para convidados institucionais. No domingo (30), o espaço estará aberto das 13h às 19h, com acesso gratuito para qualquer interessado. A sede do PIVÔ SALVADOR fica no Boulevard Suíço, n°11-A, no bairro de Nazaré, nas imediações do Centro Histórico de Salvador que é chancelado como Patrimônio Nacional pelo IPHAN-MinC e Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O PIVÔ SALVADOR ocupa a casa e o ateliê de 89 anos do renomado pintor baiano, Presciliano Silva (1883-1965). O imóvel foi projetado em 1934 pelo arquiteto carioca Lycério Schreiner, no estilo chalé de influências alemãs. A inspiração do ateliê de Presciliano veio do salão de pintura do francês Paul Cézanne (1839–1906), localizado em Aix-en-Provence, próximo à cidade de Marselha, entre Toulon e Avignon, no sul da França. Desde a década de 1930 a casa serviu como local de reunião de artistas e intelectuais na Bahia. Nos anos 1960 a casa de Presciliano foi ponto de encontro da pré-Tropicália, graças à sua única filha, Maria, que recepcionava Caetano Veloso, Gal Costa, Tonzé, Maria Bethânia, e do Cinema Novo com nomes como o diretor Glauber Rocha e a atriz Helena Ignez, dentre muitos outros. O carro chefe desses encontros era a sopa preparada pela anfitriã e servida nas madrugadas. Essas noites foram imortalizadas na contracapa do disco 'Caetano Veloso' (1967), em que ele diz: “Gil, hoje não tem sopa na varanda de Maria”.
RESIDÊNCIA – Em São Paulo, o PIVÔ já existe há 11 anos e ocupa parte térrea/mezanino de um dos ícones do centro da cidade, o Edifício COPAN, do arquiteto carioca Oscar Niemeyer (1907-2012), projetado a partir de 1951 e inaugurado em 1966. Desde então, o PIVÔ já contabiliza mais de 65 exposições, mais de 80 programas públicos com programações que já envolveram mais de 400 artistas e receberam mais de 68 mil visitantes. Em Salvador, o PIVÔ começou em caráter experimental, com a residência artística de três convidados: o artista visual francês Pol Taburet (01 a 31.07), o gravurista baiano João Oliveira (10 a 31.07) e o escritor francês Matthieu Peck (23 a 31.07). Após a abertura oficial no dia 30, o PIVÔ SALVADOR segue com programação especial e acesso gratuito semanal às segundas e terças-feiras, das 13h às 19h. Nesses dias, os visitantes podem conhecer o ateliê dos três artistas residentes, a história da Casa de Presciliano Silva e entender um pouco mais sobre a missão e as propostas do PIVÔ na Bahia.



“Este momento marca a abertura de um novo capítulo da história da instituição, que agora passa a ocupar um espaço em Salvador. A abertura de uma nova sede na cidade baiana vem da vontade de estreitar os vínculos com uma cena cultural vibrante em uma cidade carregada de história e que não hesita em habitar suas complexidades”, finaliza Fernanda Brenner, diretora artística do Pivô Arte e Pesquisa. Mais informações: no site www.pivo.org.br, instagram @pivosalvador e telefone (71) 99102-7394.