São Paulo, maio de 2023 - A Inteligência Artificial é um dos assuntos mais comentados no momento. O ChatGPT (voltado para criação de texto) e o DAL-É (utilizado para criação de imagens e artes visuais) estão causando uma verdadeira revolução na criação de conteúdo, mas você sabia que a IA também está mudando a forma como lidamos com a medicina? Segundo um estudo publicado na ACS Publications, foi criada uma inteligência artificial que detecta o Parkinson muitos anos antes dos primeiros sintomas surgirem. Os cientistas não estão interessados somente em achar uma cura para a doença, mas em uma melhor forma de diagnóstico precoce, para assim, minimizar seus impactos e oferecer mais qualidade de vida para as pessoas. Para a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, é necessário que a tecnologia seja parceira nas formas de detecção da doença. "Sabe-se que a Doença de Parkinson é um dos distúrbios do movimento mais comuns em todo o mundo e que ela afeta por volta de 1% da população com mais de 60 anos de idade, porém cada vez mais vemos o aumento de casos em pessoas na casa dos 30 e 40 anos. A comunidade médica torce para que a inteligência artificial venha a somar no tratamento, diagnóstico antecipado e quem sabe até somar em estudos que buscam a cura dessa doença", alerta a neurocirurgiã e diretora de comunicação da SBN, Vanessa Milanese. Segundo o estudo, o uso de aprendizado de máquina e da metabolômica oferecem novas oportunidades de diagnóstico de doenças com até 96% de precisão anos antes do início dos sintomas, que podem ser: tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos, problemas de equilíbrio e coordenação entre outros. Esses sintomas são causados pela perda de células nervosas no cérebro que produzem um neurotransmissor chamado dopamina. A ferramenta desenvolvida pelos pesquisadores chama-se Crank-MS que procura por compostos químicos específicos (os metabólitos) no sangue, identificando padrões que potencialmente podem prever o diagnóstico da doença. O estudo utilizou ao todo 39 pacientes para o teste. Ainda de acordo com a neurocirurgiã: "pesquisas recentes sobre o Parkinson estão focadas em descobrir as causas subjacentes da doença e desenvolver novos tratamentos que possam prevenir ou retardar sua progressão. Alguns pesquisadores estão aproveitando o 'boom' da inteligência artificial aplicando o seu uso para auxiliar a medicina, mas cabe-se ressaltar que o médico do paciente deve ser sempre consultado em meio às respostas oferecidas pelo chat GPT", diz. "Os neurocientistas, neurologistas e neurocirurgiões, estão trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modelos de inteligência artificial para melhorar a vida dos pacientes para que continuem a produzir e mantenham as suas atividades diárias e sociais", finaliza a especialista Dra. Vanessa.
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