Instituto Mamirauá deu apoio e orientações ao cuidado do animal, uma pequena fêmea de ariranha
A pequena fêmea de ariranha (Pteronura brasiliensis) mede 79 centímetros de comprimento (contando com a cauda), pesa 4,5 quilos e foi encontrada na tarde da última terça-feira (22), na cidade amazonense de Tefé. De acordo com a pesquisadora do Instituto Mamirauá, Miriam Marmontel, que analisou o animal, trata-se de um filhote entre seis e dez meses de idade, que aparenta boas condições físicas.A ariranha chegou aos cuidados da Secretaria de Meio Ambiente da cidade através de uma mulher que disse ter resgatado o mamífero semi-aquático de um ataque de cachorros em uma praia nos arredores do bairro Santa Rosa.
"Nossa equipe fez a retirada do animal da casa dessa senhora e trouxe até à secretaria, sem problemas. A ariranha não mostrou agitação com a nossa abordagem ou com o transporte", contou o secretário de Meio Ambiente de Tefé, Jorge Viana.
Em seguida, o Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com sede no município, foi procurado para fornecer apoio e orientações sobre os cuidados com o filhote de ariranha.
"Foi feita a pesagem e medição da ariranha e também coleta de fezes. Nas fezes, é possível ver resíduos de peixe, mas também componentes de leite, indicando que é um indivíduo jovem", afirma Miriam Marmontel, que é líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá.
Pelo comportamento manso do filhote de ariranha na presença de seres humanos, a pesquisadora acredita que o animal tenha sido domesticado, o que torna difícil seu retorno à natureza. "Pelo tamanho da ariranha, não se trata de um animal que a essa altura estaria se separando da família. De volta à natureza, ela provavelmente seria uma presa fácil para outra família de ariranhas, que é uma espécie muito territorialista, para outros animais e mesmo para pescadores que vejam ela assim, dócil de se pegar".
De acordo com Miriam, existem três instituições na região Norte do Brasil com preparo e experiência para receber animais como a jovem ariranha, e cuidar deles em viveiros: o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o Centro de Pesquisa e Preservação de Mamíferos Aquáticos de Balbina, ambos localizados no Amazonas, e o Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pará. "As instituições vão ser contatadas e será avaliada qual tem condições atuais para melhor recebe-la" Enquanto isso, a ariranha está em um recinto adaptado pela Secretaria do Meio Ambiente de Tefé.
Texto: João Cunha
A pequena fêmea de ariranha (Pteronura brasiliensis) mede 79 centímetros de comprimento (contando com a cauda), pesa 4,5 quilos e foi encontrada na tarde da última terça-feira (22), na cidade amazonense de Tefé. De acordo com a pesquisadora do Instituto Mamirauá, Miriam Marmontel, que analisou o animal, trata-se de um filhote entre seis e dez meses de idade, que aparenta boas condições físicas.A ariranha chegou aos cuidados da Secretaria de Meio Ambiente da cidade através de uma mulher que disse ter resgatado o mamífero semi-aquático de um ataque de cachorros em uma praia nos arredores do bairro Santa Rosa.
"Nossa equipe fez a retirada do animal da casa dessa senhora e trouxe até à secretaria, sem problemas. A ariranha não mostrou agitação com a nossa abordagem ou com o transporte", contou o secretário de Meio Ambiente de Tefé, Jorge Viana.
Em seguida, o Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com sede no município, foi procurado para fornecer apoio e orientações sobre os cuidados com o filhote de ariranha.
"Foi feita a pesagem e medição da ariranha e também coleta de fezes. Nas fezes, é possível ver resíduos de peixe, mas também componentes de leite, indicando que é um indivíduo jovem", afirma Miriam Marmontel, que é líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá.
Pelo comportamento manso do filhote de ariranha na presença de seres humanos, a pesquisadora acredita que o animal tenha sido domesticado, o que torna difícil seu retorno à natureza. "Pelo tamanho da ariranha, não se trata de um animal que a essa altura estaria se separando da família. De volta à natureza, ela provavelmente seria uma presa fácil para outra família de ariranhas, que é uma espécie muito territorialista, para outros animais e mesmo para pescadores que vejam ela assim, dócil de se pegar".
De acordo com Miriam, existem três instituições na região Norte do Brasil com preparo e experiência para receber animais como a jovem ariranha, e cuidar deles em viveiros: o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o Centro de Pesquisa e Preservação de Mamíferos Aquáticos de Balbina, ambos localizados no Amazonas, e o Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pará. "As instituições vão ser contatadas e será avaliada qual tem condições atuais para melhor recebe-la" Enquanto isso, a ariranha está em um recinto adaptado pela Secretaria do Meio Ambiente de Tefé.
Texto: João Cunha
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