Pioneira do cinema de animação mundial, a alemã Lotte Reiniger terminou seu primeiro longa-metragem, As Aventuras do Príncipe Achmed, antes mesmo da Disney levar Branca de Neve às telas. Ainda desconhecida, ela lançou mão da inovadora animação em sombras, inspirada no teatro de sombras asiático. Apesar da ousadia, Lotte é pouco reconhecida, o que se repete com tantas outras realizadoras em todo o mundo. Essa invisibilidade motivou a decisão de escolher apenas curtas feitos por mulheres para o Panorama de Animação do XII Panorama Coisa de Cinema.A produção de Lotte será representada por Papageno (1935), um curta inspirado na ópera A Flauta Mágica, de Mozart, no qual conta as aventuras de um ser em busca do amor. Exibindo um total de nove animações, que marcaram, pelo valor histórico, narrativa e experimentalismo, a mostra acontece nos dias 13 (15h55) e 14 de novembro (13h), no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha. Ao final, haverá bate-papo com a realizadora pernambucana Nara Normande, responsável pela escolha dos curtas.
Entre os filmes reunidos por Nara estão obras premiadas como o canadense When the Day Breaks (Amanda Forbis e Wendy Tilby), ganhador da Palma de Ouro em Cannes de melhor curta em 1999, que mostra a jornada de uma mulher em busca por afirmação. O Panorama exibe dois vencedores do Oscar de curta de animação: Mona Lisa Descending a Staircase (EUA), de Joan Gratz, que utiliza peças bidimensionais de argila e foi contemplado em 1992; e O Poeta Dinamarquês (Noruega/Canadá), de Torill Kove, que levou a estatueta em 2007.
Programação completa: coisadecinema.com.br/xii-panorama/
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