sexta-feira, 25 de outubro de 2013
PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER! DEPUTADO QUER PROIBIR PRONOMES DE TRATAMENTO PARA AUTORIDADES
O povo do Piaui deve estar morrendo de vergonha. Um tal de Nazareno Fonteles, deputado federal acredita que "não há razão para que chefes de poderes sejam chamados de 'excelentíssimos'".
Pior, apresentou Projeto de Lei onde todas as autoridades públicas deverão serem tratadas somente com o emprego do vocativo “Senhor”, seguido do respectivo cargo.
Pronto, essa era a piada. Agora confiram a foto do deputado mais imbecil que o Brasil já teve. E não estamos falando do Tiririca.O projeto de Lei tem o número de PL-5241/2013. www.marcosmauricio.blogspot.com
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4 comentários:
Não conheço o Deputado, mas o projeto de lei é excelente. Absolutamente democrático.
Apoio integralmente esse projeto, tanto que criei uma petição apoiando o PL. Segue o link para assinar a petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/Que_o_unico_pronome_de_tratamento_para_todos_as_autoridades_publicas_seja_SenhorSenhora/edit/
Maurício:
Fraternalmente, sempre. Respeitosamente. O projeto desse deputado, completamente desconhecido para mim, segue uma tradição filosófica do positivismo comteano, escola de pensamento muito importante na formação nacional brasileira. O projeto de lei ainda é menos radical do que prescreveriam as orientações comteanas. Os positivistas recomendavam que sequer as pessoas fossem tratadas por senhor ou senhora: sempre por tu. Qualquer tratamento que, mesmo de longe, lembrasse algum vestígio de submissão ou de hierarquia entre os cidadãos deveria ser extinto. Onde os positivistas puderam, introduziram o "tu" para todo mundo.
Deputados, na tradição anglo-saxônica, são tratados por "the honourable", na italiana, por l'onorevole. Respeito suas escolhas culturais. Tudo bem, mas eles não tiveram influência comteana, não há a inscrição Ordem e Progresso em suas bandeiras. Pessoalmente, concordo com o fato de não haver razão para que uma pessoa qualquer mereça tratamento distinto de outra. Assim pensam os que prestigiam o lema: liberdade, igualdade e fraternidade.A matéria do projeto não é algo tão vital do ponto de vista econômico, reconheço, claro. Acontece que todo progresso em direção a um pouco mais de dignidade termina acarretando perspectivas de vida material melhor, a história comprova. Trata-se de um pequeno nada, do ponto de vista prático, mas não do simbólico. O cidadão, o ser humano social, manobra muito com dimensões simbólicas.
Obrigado por enriquecer o assunto.
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