quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Cultura, Educação e ESG: como as empresas transformam comunidades locais por meio de iniciativas sociais

A demanda por parte de consumidores, investidores e comunidades têm levado as empresas a se reposicionarem local e globalmente, repensando suas estratégias de atuação no que diz respeito à responsabilidade social. Esse movimento visa não apenas atender às exigências do mercado, mas, principalmente, gerar um impacto genuíno nas localidades onde essas companhias estão inseridas e podem exercer um papel de protagonismo. No centro dessa transformação, a Cultura e a Educação emergem como pilares fundamentais para o desenvolvimento social sustentável, fortalecendo os vínculos com as partes interessadas e reforçando o compromisso na área ESG (Environmental, Social and Governance) ou ASG, em português. Segundo o relatório UNESCO Futures of Education: Learning to Become (2021), a Educação e a Cultura são os principais alicerces do desenvolvimento sustentável e a sua integração estimula a criatividade, o pensamento crítico e o fortalecimento das identidades locais – elementos essenciais de inovação e de crescimento econômico. Neste contexto desafiador, cada vez mais empresas investem em projetos que combinam vertentes educacionais e culturais com suas estratégias de responsabilidade social. Tal estratégia se alinha com os dados trazidos em relatórios como o Edelman Trust Barometer (2023), que indica que 61% dos consumidores globais preferem empresas que promovem impacto social positivo, destacando a relevância e o alcance dessas iniciativas. Como consequência deste movimento, muitas organizações vêm buscando possibilidades de estimular o fomento a essas ações, criando e aprimorando programas sustentáveis que promovem a inclusão social e o acesso à Educação e a formação de uma nova cidadania. Exemplos incluem a formação artística, cursos de capacitação e ações de resgate cultural desenvolvidas por empresas como a Bela Vista Cultural, editora, produtora e consultoria paulistana especializada em projetos de impacto social, que utiliza a Cultura como uma ferramenta para fomentar a Educação e a inclusão social, especialmente em comunidades de baixa renda por todo o Brasil. 
Projetos desenvolvidos pela editora em 2024 exemplificam como essas iniciativas bem planejadas geram um impacto concreto. O “Caminho das Águas no Brasil”, por exemplo, desenvolvido junto às empresas Zmax Blue Ship Group, Águas Prata e HStern, busca conscientizar populações sobre o uso responsável da água. Realizado em escolas públicas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, ele beneficiou comunidades escolares que enfrentam desafios relacionados à escassez de água e sua má qualidade, promovendo reflexões sobre a sustentabilidade e a preservação de recursos naturais. Outro projeto, o “Cerrado Imaterial – Berço da Vida”, desenvolvido com a CMOC Brasil, personalizou uma estratégia para valorizar as tradições dos “povos cerradeiros” em comunidades rurais de Goiás, promovendo um intercâmbio cultural entre estudantes da rede pública e moradores locais para preservar memórias e a biodiversidade do segundo maior bioma do Brasil.
Ações integradoras como essas corroboram dados que mostram, por exemplo, que as empresas brasileiras têm intensificado o uso de leis de incentivo à Cultura, especialmente por meio da Lei Rouanet, para financiar projetos culturais. Em 2024, o orçamento destinado pelo mecanismo federal foi de cerca de R$ 3 bilhões, refletindo um aumento significativo no uso dessa possibilidade de incentivo fiscal.

Nenhum comentário: