Remove as impurezas da água - em um país onde quase 50 milhões de pessoas não têm acesso adequado ao saneamento básico - e ainda deixa a água fresquinha sem usar energia elétrica. Comum em muitas casas brasileiras, o filtro de barro é um aprimoramento das moringas, usadas por povos originários para armazenar água em uma temperatura agradável. No início do século XX, imigrantes portugueses e italianos começaram a fabricar velas filtrantes, acoplando-as às talhas de cerâmica e assim foi criado um dos primeiros produtos da indústria nacional. Na década de 1930, a produção se intensificou pelo país e ganhou popularidade.
O filtro de barro reinou praticamente sozinho até os anos 1980, quando começaram a aparecer novas opções e logo antes da expansão da venda de água engarrafada. Em 1990, 57,2% das residências brasileiras possuíam algum modelo de filtro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A fabricante mais tradicional é a marca Cerâmica Stéfani, fundada em 1947. Ela é de Jaboticabal (SP), região de maior aglomeração de fabricantes do produto no país, concentrando 70,8% dos filtros fabricados.
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