*Por Tatiane Martins Franco Bascuñan |
Nesta empreitada, há três principais pilares: pessoas, processos e tecnologia. Os dois primeiros impulsionam a adoção de programas de governança e o aprimoramento da qualidade dos dados. Sem eles, a tecnologia não funciona.
Dessa forma, o primeiro passo é promover uma mudança cultural que reforce a importância dos dados para as pessoas. A partir daí, é necessário implementar a melhoria nos processos, com ferramentas que auxiliam o monitoramento constante de forma a obter segurança, conformidade e qualidade. Não é possível implantar tecnologias de ponta na empresa sem que antes as pessoas estejam preparadas e os processos suportem a adoção das ferramentas.
Para isso, é fundamental ter uma equipe - formada por administradores, arquitetos, engenheiros, analistas e cientistas de dados, entre outros - que transformem informações brutas em dados prontos para consumo, na etapa conhecida como ‘produtização’.Para alcançar o gerenciamento eficiente de grandes volumes, é possível utilizar tecnologias que facilitem o acesso, a busca e a análise dos dados, como armazenamento em nuvem e big data; integração entre sistemas e a automação de fluxos de trabalho para coletar e atualizar os metadados.
Também é necessário investir na implantação e no monitoramento de regras ou políticas para seguir as diretrizes éticas e regulatórias adequadas, além de processos automatizados de limpeza, validação, enriquecimento e, principalmente, verificação de qualidade de dados.
Recomendamos fazer uma análise da maturidade da empresa, em relação a cultura e uso de dados, para que os indicadores possam ser medidos e seguir em evolução conforme os objetivos da companhia.
Sabemos que a implementação da governança de dados enfrenta desafios significativos, principalmente no que diz respeito à percepção de valor por parte dos stakeholders. Ainda que seja fundamental para a eficiência operacional e estratégica, muitos não compreendem plenamente a sua importância.
Para superar essa barreira, é vital que os responsáveis pela governança estejam integrados às operações. A tecnologia pode ser uma aliada, mas é preciso levar em consideração fatores como a maturidade organizacional na descoberta de insights, a garantia da segurança dos dados e o equilíbrio entre acesso, controle e necessidade, como também a convergência com a Inteligência Artificial.
Lembro que as tecnologias de governança de dados oferecem funcionalidades que promovem transparência, como compartilhamento seguro de informações, pesquisas avançadas, catalogação automatizada das fontes e visualização da linhagem dos dados. Isso não apenas garante o uso responsável, mas também ajuda as organizações a identificar e corrigir redundâncias, baixa qualidade e descentralização dos dados, promovendo uma gestão mais eficiente e confiável.
Por fim, é fundamental utilizar plataformas para mostrar o engajamento das equipes, a evolução do catálogo de dados descobertos, o volume de glossários de negócios enriquecidos aos ativos, como também sua usabilidade ao longo do ciclo de vida do projeto de implantação de um programa de governança de dados. Isso ajuda as empresas a transmitir o valor da atividade e, consequentemente, justificar os investimentos.
*Tatiane Martins Franco Bascuñan é especialista em Governança de Dados na NAVA Technology for Business
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