Realizado nesta terça-feira (6) pelo Metrópoles em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o webinar Educação para o Novo Mundo do Trabalho promoveu um debate sobre a formação e a inserção profissional, principalmente de jovens; além dos impactos das novas tecnologias no mercado de trabalho.
“Precisamos de um sistema educacional que dê identidade social a todos e, para isso, não temos que olhar como único caminho de saída a formação universitária, até porque hoje só cerca de 20% vão para o ensino superior. O grande desafio e oportunidade é a implementação do novo ensino médio”, defendeu o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, na abertura do evento.Com mediação do jornalista Caio Barbieri, o webinar contou com a participação do Lucchesi, que também exerce o cargo de diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI); do deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM); e do ex-presidente do IBGE e membro da Academia Brasileira de Ciências, Simon Schwartzman.
“A primeira premissa equivocada é que formamos todos os nossos estudantes na falsa perspectiva de irem para a faculdade. A segunda é que formamos para uma tal educação para a cidadania, como se fosse possível exercer cidadania sem trabalho. Não são realidades desconectadas”, observou o parlamentar.
Os convidados argumentaram que as mudanças em andamento na educação básica para combater a evasão e ampliar o leque de possibilidades para os estudantes são também o primeiro passo para solucionar o problema do desemprego e da baixa qualificação dos brasileiros. Para Schwartzman, a ideia de que todos querem e precisam de um diploma universitário é cultural e estrutural.
“O ensino médio não pode ser um beco sem saída para quem não consegue ir para o ensino superior. Muita gente não consegue entrar, metade abandona antes de terminar e muitos que concluem ensino superior não vão conseguir uma vaga e trabalhar na área, ocupando uma função de nível básico”, lamentou o sociólogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário