Cuidar da saúde e do bem-estar dos equídeos, como cavalos, jegues e burros, é fundamental para fortalecer a pecuária na Bahia, onde o rebanho da espécie ultrapassa meio milhão de animais, segundo dados da Agência Estadual de Defesa Agropecuária. Pensando em contribuir para a saúde animal da sua região, as estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia Do Rio Corrente, de Santa Maria da Vitória, Émily Hana e Ana Clara Pereira, sob orientação de Eugênia de Queirós, desenvolveram sabonete sustentável e de baixo custo à base de babosa, mel e açafrão para auxiliar no tratamento de feridas desses bichos. A jovem cientista Émily conta que o projeto teve início quando ela e sua parceira perceberam a carência de produtos naturais voltados ao cuidado de equídeos. “A ideia surgiu da necessidade de oferecer uma alternativa natural e eficaz para o tratamento de ferimentos e cuidados com a pele dos animais, especialmente equídeos. Observamos que, embora o mercado de produtos veterinários seja diversificado, existe uma lacuna no que diz respeito ao uso de ingredientes naturais e seguros para a saúde animal. A combinação entre babosa, mel e açafrão foi escolhida por suas propriedades curativas e cicatrizantes comprovadas”. De acordo com Ana Clara, o produto, batizado de CicatrizAção, possui propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes devido aos ingredientes naturais, o que auxilia no processo de cura dos animais. “O sabonete CicatrizAção é mais indicado para animais com pele sensível, feridas superficiais, escoriações ou peles que necessitam de cuidados pós-trauma. Isso inclui equídeos e outros animais que possam sofrer lesões ou irritações na pele. A combinação de babosa, mel e açafrão é ideal para promover a regeneração celular e aliviar condições de pele irritada ou machucada”, explica.
Os testes realizados com um grupo de voluntários, proprietários de equinos, demonstraram índices promissores de cura. “Os resultados obtidos mostraram que o sabonete CicatrizAção foi eficaz na promoção da cicatrização de ferimentos superficiais e escoriações, sem causar reações adversas nos animais. A validação veterinária indicou que o produto é seguro para uso animal, com boa aceitação e resultados positivos na regeneração da pele”, destaca Émily. A equipe, que tem apoio da Secretaria da Educação e de veterinários, projeta próximos passos. “Queremos ampliar os testes e a produção para garantir a consistência do produto e a sua eficácia. Também estamos trabalhando para obter certificações de segurança e qualidade, além de registrar o produto junto aos órgãos competentes. A expectativa é expandir o uso para diferentes tipos de animais e, eventualmente, buscar parcerias com clínicas veterinárias e pet shops”, afirma Ana. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
Fonte: Ascom/Secti
Fonte: Ascom/Secti
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